O intercâmbio de Au Pair tem me trazido muito aprendizado que vai além de adquirir fluência na língua americana. Eu sempre quis vivenciar uma cultura diferente da minha, sempre fui curiosa. Mas eu não tinha ideia de como era isso até pegar o avião dia 12 de maio de 2014 saindo de São Paulo rumo à Nova York para a escola de treinamento, antes de chegar na família americana. Lá foi onde passei os primeiros cinco dias na America com jovens de todos os cantos do mundo que estavam no "mesmo barco" que eu.
Na escola de treinamento, em Long Island, em Nova York |
Todos ali, seja vindos da Alemanha, Argentina, França, Austrália, Colombia, Suécia, México, ou do país que fosse, estavam juntos e misturados vivendo uma nova experiência de vida. Fazendo parte uns da vida dos outros sem ter ideia naquela hora da importância que aquilo teria para o nosso futuro, o quanto nos acrescentaria pessoalmente.
Aquilo sim foi um choque cultural. Foi eu pisar naquela escola para me dar conta de que não sabia nada de inglês. Lembro que a organização do curso separou as meninas por regiões dos EUA, até para fazermos amizades e não ficarmos tão deslocadas quando fôssemos para a casa da família anfitriã. Dividi quarto com uma argentina e uma alemã, que também vieram para Virginia, próximo a Washington D.C, que é onde estou hoje.
Imaginem só, a Ariane, essa do "Fantástico Mundo de Bobby", tentando se comunicar com as meninas, tentando ser simpática e buscando incessantemente as frases em inglês na cabeça, muitas vezes sem sucesso? Eu e a argentina, a Pili Casal, que inclusive se tornou minha amiga hoje, dávamos risada uma da outra porque não conseguíamos nos comunicar muito bem. E a gente queria conversar. Isso foi tão bizarro e tão surreal! Você querer ser amiga de alguém, mas não conseguir se comunicar como gostaria. Fora que eu sentia dor de cabeça ouvindo inglês 24 horas por dia. O que me salvou foram as amizades brasileiras que fiz por lá. Entre elas a Damaris, que hoje vive no Texas e ainda é uma grande amiga minha, e a Maressa, que está "vivendo a vida sobre as ondas", na California, como na música de Lulu Santos.
Os primeiros meses foram difíceis. Foram meses de grande mudança de dentro pra fora. E vem sendo assim todos os dias. Ainda sobre o comecinho da jornada, ainda em NY, a impressão que tive (e que acho que nem seja impressão, mas fato) é de que americano fala muito rápido. E o que eu pensei foi "Eu nunca vou aprender inglês desse jeito. Ou isso vai levar anos pra acontecer". Mas a gente acostuma.
Depois de um tempo, quando já estava mais habituada com o idioma, pude marcar um encontro com a minha amiga da argentina e sair pra dar uma volta no shopping. No fim, é tão gostoso saber que alcançamos um objetivo. Que, então, posso fazer amizades com brasileiros e também com pessoas que falam inglês. Quebrei uma barreira! Vitória! Isso foi só uma das várias mudanças da minha vida nesses 11 meses e três dias de vida paralela.
A amiga argentina, Pili Casal, depois de um tempinho nos Eua |
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ResponderExcluirCheguei no seu blog hoje! Achei seus textos muito interessantes, mas fiquei triste por ter parado de publicar :(
ResponderExcluirDesejo sucesso para você onde quer que você esteja! Bjos